Já sabes que há vários factores que têm influência na nossa autoestima e no nível de amor e segurança que sentimos em ser quem somos. Hoje vamos focar-nos no dinheiro e na independência financeira.
Se torceste o nariz e pensaste: “grande seca, não percebo, não tenho jeito com finanças e não vou perceber nada!”. Boa, é mesmo para ti!
Há alguns meses atrás teriam sido essas as palavras que eu teria dito, por isso podes ficar sossegada que não vou falar de PPRs, taxa de juro e de aforro entre outras siglas que te dizem muito pouco. Mas vou falar-te da importância de te preocupares em querer saber um pouco mais sobre cada uma delas.
Vou começar com uma pergunta simples: és tu quem faz as compras do supermercado? Se sim, perfeito, sem te aperceberes estás a gerir uma fatia importantíssima na tua vida e que provavelmente influencia quem vive contigo. O básico da gestão financeira já dominas. (Para quem não percebia nada até te estás a safar bem! ;).
Muitas das mulheres que encontro (e onde também me incluo) deram por si adultas, a receber um salário, a ter de pagar contas e consequentemente a fazer cálculos para perceber como o saldo ficaria positivo. Na escola não nos ensinam a poupar, não ensinam a importância nem estratégias para conseguirmos guardar e investir dinheiro de forma segura para uma situação de emergência.
Para muitas pessoas o dinheiro ainda é um bicho de sete cabeças ou a raíz do mal no mundo. Se é essa a ideia que tens, só te posso garantir que terás muito mais dinheiro contigo assim que deixares de pensar desta forma (estive lá, fiz isso e estou aqui para comprovar!). Quando nasceste não sabias falar mas alguém te ensinou (porque é uma faculdade muito útil que utilizas todos os dias), o mesmo acontece com perceber o dinheiro: é algo que usas todos os dias e te é muito útil mas tens de gastar um bocadinho de tempo a aprender.
Reuni algumas dicas para que possas começar. Lembra-te que assim como o resto que aqui partilho, isto só terá algum impacto se o experimentares e fizeres algo! 😉
- Controla os teus números diariamente.
Visita a tua conta, vê o que entra, o que saí e para onde vai para que não chegues ao final do mês e te perguntes: “mas para onde é que o dinheiro foi? Um bolo ali, o almoço fora impulsivo, a conta da água que foi um pouco maior – todas estas pequenas coisas se juntam no final do mês e acredita, vão reflectir-se no teu extracto.
O que estou a dizer não é para acabares com elas, é notares que elas existem e teres consciência delas para poderes decidir o que fazer.
Outro efeito de veres diariamente a tua conta é que acaba com o medo/receio/nuvem negra de dúvida se o dinheiro que temos chegará para tudo. Assim como para a Elegância da Mente o primeiro passo é: “Sim, esta sou eu”, nas finanças é: “Sim, esta é a minha situação económica actual!”.
- Lê sobre o assunto numa linguagem que compreendas.
Como te disse, até há bem pouco tempo o dinheiro funcionava assim comigo: entrava na conta, eu gastava e sonhava com o dia em que entraria mais. Até ao dia em que li o livro “How rich people think” (“Como as pessoas ricas pensam”) e percebi que se não mudasse a forma como encaro o dinheiro e lido com ele, nunca chegaria a rica. O livro está escrito numa linguagem muito acessível e percebi que era esse o truque. Além desse recomendo-te que encontres um site que fale a tua linguagem de dinheiro (eu adoro o Daily Worth– (site americano) – não encontrei nenhum em português mas se tiveres uma sugestão deixa-a nos comentários, adorava conhecer!).
- Paga-te a ti primeiro. Como se fosse um imposto.
Isto foi algo que aprendi com o Guru do Desenvolvimento Pessoal Tony Robbins. Ele diz que assim que recebemos o nosso rendimento, devemos tirar uma parte dele e guardá-lo para nós antes de pagarmos a quem quer que seja. Ou seja, antes de saberes o que tens para gastar nas compras do mês tiras a TUA parte (um fundo de reforma, uma segurança caso fiques doente, uma poupança para algo que querias muito…).
Compreendi exactamente a magia desta “regra” depois de ter estado uns meses a pagar uma avença. Quando ela terminou percebi que tinha conseguido viver com menos 150€ no meu orçamento mensal durante meses e isso fez-me olhar para a minha conta bancária de outra forma. Somos muito mais flexíveis e capazes de magia quando “tem de ser” – imagina que criam um novo imposto ao salário, não arranjas forma de fazer tudo funcionar? É a mesma coisa, com a diferença que o imposto “Tem de Ser” és tu.
O que achas? Gostavas de acrescentar algo ou partilhar algo que já fazes e que tem impacto no teu orçamento?
Este é um tema estupidamente tabu entre as mulheres. Enquanto não falarmos abertamente sobre ele não vejo como podemos melhorar, por isso gostava mesmo de saber a tua opinião.
🙂 Sara.